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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 16 de jun. de 2024

Flameja o peito meu

ao acordar cedo.

Lá fora, ainda reina o orvalho no breu,

que furta o esboço do futuro.

Ainda escuro,

levanto eu sem medo

pensando ser eterno

o rochedo.


No fim da tarde,

a flama daquele peito

não mais arde

do jeito que já ardeu.


Me pego surpreso

ao cair da próxima Lua

de que a finitude

é tão minha quanto sua.

E que, ainda assim,

a vida continua.

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 9 de jun. de 2024

Um imenso portal de beleza ímpar

se abre em altos concretos,

em redesenho da paisagem.

Diante dos meus olhos retos,

incrédulos pela miragem,

o alaranjado do céu candango

no fim de tarde

faz dos prédios em Águas Claras

discretas silhuetas,

como pinturas raras

ante tantos outros planetas.


Entre edifícios, há palavras

que preferem não serem ditas

para dar voz ao silencioso cenário

tão magnífico quanto inaudito.

E ainda que todo o bendito céu

em minutos se torne silhueta

eternizo em minha memória

esse quadro

como obras de arte em museus.

Eis a prova de Deus!

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 2 de jun. de 2024

Atualizado: 10 de jun. de 2024

Pouco me importo

se só há uma estrela no céu,

se o seu reluzir é solitário.

Basta o cintilar deste corpo voluntário

para fazer libertário

este meu literário coração

não menos solitário por opção.

 
 
 
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