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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 26 de mai. de 2024

O breu do céu é tão infinito!

Um silencioso grito

tão estupendo e inacabável

quanto indecifrável.

Às vezes desolador,

por hora, um confortável dissabor.


O bendito céu noturno é outro,

faz de garoto

qualquer suposto homem maroto.


Se pensa o céu,

por sua imensidão,

ser eu uma criança,

faço dessa vastidão,

não melancolia,

mas uma aliança

com o autor da criação.



 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 19 de mai. de 2024

Eu não a escolhi,

por ela não fui escolhido.

Um para o outro foi compelido.

Não há que pensar em sentido

quando o cupido nos dá

como única opção

o calor daquele gêmeo coração

para amar.

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 12 de mai. de 2024

Domingo não é dia,

não é qualquer dia.

Com Sol ou chuva,

domingo sempre é um bom dia.


Domingo é atemporal,

está além da história,

é o lugar gostoso na memória.


O céu muda e a vida passa

como se o mundo

fosse uma antiga praça.

A nuvem vai e vem,

mas o domingo mantém

a mesma graça.


A domingo tem uma elegância

que só ele tem:

a beleza da fragrância

de nos fazer sentir bem.


É tudo o mesmo:

o vento despretensioso

as risadas difusas das crianças,

o descompromisso,

a vontade de ficar,

de só ser,

de merecer estar num lugar

sem querer sair.

Um dia em que não há devir.


O domingo é,

só é.

 
 
 
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