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A minha rosa

A rosa que eu almejo

ainda não existe.

Do quintal eu já prevejo

uma muda tortuosa,

sem gracejo,

anunciar, em polvorosa,

mais uma rosa qualquer,

indigna da fineza

de uma ilustre mulher.


O destino dessa rosa é a morte,

em desconforme com a sorte

da viva rosa que eu almejo.


Provavelmente, a minha rosa

nunca existirá.

Mas o que perco eu em sonhar?

 
 
 

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