top of page
pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

Buscar

Era só uma borboleta

nas cores azul, amarela e preta.

Pousou em meu antebraço esquerdo.

Por um bom tempo, sem medo

ali ficou.

Tinha a liberdade de voar,

mas também a ousadia de ficar,

e ficou.

E foi ficando.

Poderia eu a expulsar.

Imagina!

Fiquei a olhando

e olhando

até a borboleta de mim cansar

e voar presa sob o meu olhar

até se soltar no horizonte

não sem antes me deixar uma fonte

de poética inspiração.

 
 
 

Os dias vão em vêm

as noites também.

O claro anuncia a escuridão.

A Lua prenuncia o Sol.

Parece uma infinita repetição,

um ciclo,

mas é uma espiral.

Embora pareça,

não há um só dia igual.

 
 
 

Que nós sejamos hoje o que somos

porque se assim não for,

não sendo nós mesmos,

daremos uma volta maior,

um desgaste desnecessário,

mas ainda assim, em algum momento,

seremos o que somos.

A reconciliação inescapável!

 
 
 
bottom of page