Aventura
- Bruno Lara
- 2 de fev.
- 1 min de leitura
Deixarei que do porto partas feliz,
que navegues em águas turvas,
que ecoe o seu grito
ao admirar a imensidão do mar
e a beleza agoniante do infinito.
Deixarei que se percas no tempo,
sintas a frieza do vento
e a correnteza da solidão,
se enganes com as ondas calmas
e temas pelas sinuosas.
Deixarei que,
em sua aventura para o além-terra,
se angusties no eterno oceano da escuridão.
Deixarei
para que, quando for a hora,
retornes à costa,
valorizes o calor, a companhia
e o porto seguro da orla.
Mas quando voltares
pode ser tarde.
Eu, delirante e com o coração partido,
talvez terei partido
em semelhante aventura mar afora.
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