Colinho
- Bruno Lara
- 13 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
No fim das contas,
queremos colo,
afago, acolhimento,
abraço bem apertado.
Ninguém quer carreira solo,
quer se sentir amado.
Mais do que querer,
precisamos, viu?!
Corre-se por um reconhecimento
que não nos supre,
não nos comporta.
Não cabemos nele.
No fim das contas,
a violência é carência,
carência de amor,
carência de carinho.
O insulto é ato mesquinho.
O bruto é alguém bem pequenininho,
inseguro que se sente sozinho.
O sentido é o processo,
a própria viagem.
Mas, viagem em comunhão,
um caminhar de entrega,
compromisso, polidez e integração.
Somos patos na vida,
à deriva,
perdidos, em busca de afeto,
de um porto seguro por perto,
de um ninho bem quentinho.
No fim das contas,
o que buscamos
é voltar ao colinho.
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