top of page

Colinho

No fim das contas,

queremos colo,

afago, acolhimento,

abraço bem apertado.

Ninguém quer carreira solo,

quer se sentir amado.


Mais do que querer,

precisamos, viu?!

Corre-se por um reconhecimento

que não nos supre,

não nos comporta.

Não cabemos nele.


No fim das contas,

a violência é carência,

carência de amor,

carência de carinho.

O insulto é ato mesquinho.

O bruto é alguém bem pequenininho,

inseguro que se sente sozinho.


O sentido é o processo,

a própria viagem.

Mas, viagem em comunhão,

um caminhar de entrega,

compromisso, polidez e integração.


Somos patos na vida,

à deriva,

perdidos, em busca de afeto,

de um porto seguro por perto,

de um ninho bem quentinho.


No fim das contas,

o que buscamos

é voltar ao colinho.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Borboleta

Era só uma borboleta nas cores azul, amarela e preta. Pousou em meu antebraço esquerdo. Por um bom tempo, sem medo ali ficou. Tinha a...

 
 
 
Espiral

Os dias vão em vêm as noites também. O claro anuncia a escuridão. A Lua prenuncia o Sol. Parece uma infinita repetição, um ciclo, mas é...

 
 
 
Reconciliação

Que nós sejamos hoje o que somos porque se assim não for, não sendo nós mesmos, daremos uma volta maior, um desgaste desnecessário, mas...

 
 
 

Comentários


bottom of page