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Encanto

Ela me encanta,

mas em quê? Por quê?

Talvez aquele olhar

descompromissado,

tão doce quanto penetrante.

Talvez me lembre

um juvenil amor inocente

de um passado bem distante.


Ou, quem sabe,

a sonoridade da sua voz

tão meiga quanto feroz,

ou, ainda, os seus gestos

tão comedidos

quanto atrevidos.

E o que dizer do afável sorriso!?


Sim, ela me encanta.

Mas, em quê?

Por quê?


Talvez eu não saiba explicar,

mas ela, do seu jeito,

infla o meu peito.

Sem um pingo de respeito

me submete

feito um menino adolescente

que não mede o que sente.


Ela me encanta,

ainda que eu não a conheça,

ainda que ela não exista.

Ainda!


Mas, se há sentimento

mesmo que por um terno momento

pra mim, nesse filamento,

ela há de existir.

 
 
 

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