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Espera

  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 1 de mai. de 2022
  • 1 min de leitura

Aprendi a esperar

pacientemente, angustiadamente

indignado, bem-humorado

dormindo, sem dormir.

Mas esperar.


Sentado, em pé,

deitado,

rezando ajoelhado.


Tive que aprender.

Endurece o casco,

bate no ego,

parece que assim deve ser.

Algum sentido há,

aprendi a esperar.


Não a cair do céu,

mas quase que, de lá,

eu mesmo mandar a encomenda

embalada pra presente

com laço vermelho

e papel couché.


Gostar, não gosto,

mas é pedagógico.

Tive que aprender.

 
 
 

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