Finitude
- Bruno Lara
- 16 de jun. de 2024
- 1 min de leitura
Flameja o peito meu
ao acordar cedo.
Lá fora, ainda reina o orvalho no breu,
que furta o esboço do futuro.
Ainda escuro,
levanto eu sem medo
pensando ser eterno
o rochedo.
No fim da tarde,
a flama daquele peito
não mais arde
do jeito que já ardeu.
Me pego surpreso
ao cair da próxima Lua
de que a finitude
é tão minha quanto sua.
E que, ainda assim,
a vida continua.
Muito bom. 👏