Mergulho
- Bruno Lara
- 26 de dez. de 2021
- 1 min de leitura
Aprecio o silêncio.
É na falta de ruído
que distinguimos quem é amigo,
com quem temos ou não sinergia.
No silêncio não há disfarce,
há desnude de quem somos,
pensamos que somos
ou do que pensam que somos.
Nesse vazio revelador,
somos juízes e réus
da nossa própria presença,
autores e vítimas da nossa sentença.
A carência de palavras
é um profundo mergulho,
que, sem delongas,
destrói o nosso orgulho.
Frente a frente
nos acolhemos
ou fugimos de medo
do que fomos,
somos ou seremos.
Comments