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Mergulho


Aprecio o silêncio.

É na falta de ruído

que distinguimos quem é amigo,

com quem temos ou não sinergia.


No silêncio não há disfarce,

há desnude de quem somos,

pensamos que somos

ou do que pensam que somos.


Nesse vazio revelador,

somos juízes e réus

da nossa própria presença,

autores e vítimas da nossa sentença.


A carência de palavras

é um profundo mergulho,

que, sem delongas,

destrói o nosso orgulho.


Frente a frente

nos acolhemos

ou fugimos de medo

do que fomos,

somos ou seremos.

 
 
 

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