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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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Tão necessária quanto a oração

é a preparação,

a busca da conexão,

da tal da Verdade.

Aquele momento

de limpeza do pensamento, sabe?


O desfazimento de si,

o desapossamento,

o anular da vaidade.

A (quase) imersão do singular

na universalidade.


Tão necessária quanto a oração

É a pré-oração.

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Aprecio o silêncio.

É na falta de ruído

que distinguimos quem é amigo,

com quem temos ou não sinergia.


No silêncio não há disfarce,

há desnude de quem somos,

pensamos que somos

ou do que pensam que somos.


Nesse vazio revelador,

somos juízes e réus

da nossa própria presença,

autores e vítimas da nossa sentença.


A carência de palavras

é um profundo mergulho,

que, sem delongas,

destrói o nosso orgulho.


Frente a frente

nos acolhemos

ou fugimos de medo

do que fomos,

somos ou seremos.

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Hora ou outra bate

aquela tristeza no peito

que nos abate. Faz parte,

Assim é, não tem jeito.


Eita, angustinha que dói!

Mas tudo é pra crescer,

ou não é?


O bom disso aqui

é esse processo.

O curso, o percurso

dão a beleza do verso.


É tranco, solavanco,

barranco.

Sofre até santo,

que dirá nós, pecadô!


Misericórdia, Senhô!


No fundo, tristeza é pra gastar,

pegar aquilo e transformar:

cultura, conversa, relacionamento,

abraço, beijo, risos, lágrimas, suor.


Fazer da dor amor,

energia dissipada,

tensão dissolvida.

Taí...

uma sabedoria da vida.

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