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Um dia

Nos demos as mãos

numa chuvosa tarde de outono.

As minhas ásperas e inseguras,

as dela delicadas e cândidas

de uma incomum mas familiar sensibilidade.

Por poucos segundos

fomos uma só pessoa,

um só respirar,

uma cadência de uma só origem a vagar,

uma esplêndida explosão

num segundo de eternidade

do qual depende hoje a minha liberdade.

Um dia de tarde

nunca mais soltamos as mãos.

Saudade!

 
 
 

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