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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 2 de mar.

Por fim, eu estava no início

à beira de um precipício

rindo de tudo o que achei difícil.

Raiva, lamento, arrependimento

é pra quem pensa que na vida imensa

infinito é o tempo;

é pra quem também está no princípio

mas com a inocência

de ainda não ter caminhado.

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 23 de fev.

Queria que um romance

a vida fosse

e que o poema que me trouxe

fosse palavras de amor

impressas na capa dos seus olhos doces.


Queria que, com o coração aberto,

estivesse sempre aqui por perto,

como uma rosa no deserto

disponível ao bel prazer

do meu ego.


Queria que quisesse

tanto quanto eu quero.

E que fizesse por onde

tanto quanto eu faço.

Mas tens um coração de aço.


Do meu querer sobra um cansaço

e a lucidez de que de ti terei,

tão somente,

um distante abraço.

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 16 de fev.

Ainda que eu fosse eu ontem,

ontem eu não era o eu de hoje.

Não há que se lamentar,

quando o tempo cruel

só nos permite

um ínfimo de tempo

para decidir toda a eternidade

do tempo restante.


E ainda que ontem

eu fosse o eu de hoje,

não seria o bastante

pois o amanhã há de chegar.

E o que não me resta

é lamentar.

 
 
 
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