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pilha de livros

Dom às 9

Poesia nova todo domingo de manhã

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  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 9 de fev.

Do quanto de amor

precisamos nós

para as mágoas diluir,

os pecados redimir,

sem máscaras,

dar a outra face

a tapa,

devolver uma ofensa

com bênçãos em palavras?


Quem, dentre nós, tem o amor

do tamanho da semente

de uma mostarda?

Quem acredita no Autor

da bendita palavra "amor"

sobre o sentir supremo,

a ponto

de desinflar a vaidade?


Quem?

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 2 de fev.

Deixarei que do porto partas feliz,

que navegues em águas turvas,

que ecoe o seu grito

ao admirar a imensidão do mar

e a beleza agoniante do infinito.


Deixarei que se percas no tempo,

sintas a frieza do vento

e a correnteza da solidão,

se enganes com as ondas calmas

e temas pelas sinuosas.


Deixarei que,

em sua aventura para o além-terra,

se angusties no eterno oceano da escuridão.


Deixarei

para que, quando for a hora,

retornes à costa,

valorizes o calor, a companhia

e o porto seguro da orla.


Mas quando voltares

pode ser tarde.

Eu, delirante e com o coração partido,

talvez terei partido

em semelhante aventura mar afora.

 
 
 
  • Foto do escritor: Bruno Lara
    Bruno Lara
  • 26 de jan.

De súbito, veio.

És agora, o amor,

em minha vida o meu seio.

A passeio, de súbito veio.

E fica de súbito.

Faz de mim o amor

o seu súdito.

 
 
 
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